sábado, 5 de novembro de 2022

2022 | Outubro

Outubro foi o MÊS do ano até agora. Por norma o mês que considero como recomeços é setembro, como muitas pessoas porém, este ano, outubro foi o eleito como o mês das mudanças e dos recomeços. 

Entre reuniões e mais reuniões, um mês atarefado e sem parar, tive o privilégio de fazer a minha primeira caminhada a pé até Fátima e visitar Barcelona durante uma semana. A caminhada foi noturna, desde a Batalha até ao destino final, e não foi o que estava a espera, foi melhor. Fizemos um percurso pequeno comparando aos percursos que outros peregrinos fazem, porém foi mais que suficiente para nós. Cantamos, rezamos, brincamos, descobrimos histórias e tradições e ainda tivemos a desventura de chamar o Inem, devido a uma má disposição de colegas - ficou tudo bem!. Claramente que é uma experiência que vou querer repetir mais vezes. A viagem a Barcelona aconteceu no momento e na dose certa permitindo um tempo só para mim e para o André, com amor e amizade a explorar uma nova cidade como bem gostamos de fazer. Fomos à Sagrada Família, ao Estádio de Futebol do Barcelona e ao Parck Güell, mas também à Fonte, Castelo e área de Montjuïc e provamos os famosos churros com chocolate e o Five Guys. Uma semana repleta de caminhadas a pé e aventuras no metro.

Mesmo perante esses dois momentos significativos, outubro tornou-se um mês de mudanças e recomeços tendo em conta que terminei oficialmente a minha licenciatura e fiz um exame de inglês importante. Sou licenciada! Ainda nem acredito e creio que só agora me cai a ficha. Termino com um relatório que me deixa orgulhosa e um percurso cheio de altos e baixos que me permitiram chegar onde estou. O exame de inglês foi feito tendo em conta o próximo passo e se tudo corerr bem, entro no mestrado que desejo. Agora, oficialmente numa espécie de Gap Year, terei pela frente um ano de decisões e descobertas importantes, anseio para descobrir o que o mundo tem para mim e quais os meus próximos capítulos.

Próximos meses, ajudem-me a encontrar o caminho. 

Algures num parque em Barcelona


quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Just G | Gabriela de A - Z



Amor: Sou apaixonada por tudo e por todos desde que me lembro. Gosto de gostar. Gosto de amar e ser amada. Sei que o meu amor pelas pessoas é forte quando luto com unhas e dentes quando é necessário defende-las e defender aquilo que acredito que está correto. Sem amor não seriamos nada e sem amor não seria nada. 

Books: Graças à minha mãe, desde pequena que a leitura esta enraizada no meu ser. Posso mesmo dizer que alguns livros fazem parte de mim devido à forma como me marcaram e continuam a marcar. Livros são magia, são inspiração e conforto.

Carinho: Quantas vezes sou considerada fria e sem sentimentos? E quantas vezes eu própria me sinto assim? A verdade é que o carinho me define. Gosto de ser querida e receber mimos. Carinho que chega naquele abraço apertado ou no sorriso sincero na cara. Carinho que pode não ser tão fácil de ver, mas que está lá.

Dory: Assim como o peixe do adorado filme "À Procura de Nemo" eu sou uma esquecida. Nunca me lembro de nada ou então lembro-me das coisas mais especificas de sempre como a roupa que usei no evento x. Sempre que me perguntam algo ou não me lembro de todo o que aconteceu ou têm de me dar dicas e fazer uma descrição detalhada para lá chegar. Se é um problema por vezes? Sim, e dos grandes.

Elétrica: Algo que pode ser visto como um defeito ou qualidade. Nunca descobri o porque mas tenho de estar sempre a mexer-me ou a mexer em algo. Quando estou sentada podem me ver a abanar a perna ou a mexer em alguma coisa como uma caneta, quando estou em pé, podem me ver a abanar o corpo, quase que a dançar. Será que pode de alguma forma derivar de um certo grau de ansiedade? Não sei, mas a verdade é que desde de que me lembro sempre me disseram " Tu tens pilhas duracel" o que deve demonstrar algo não é? Não paro quieta, estou sempre a fazer algo, alguns até dizem que não sei descansar e parar.

: Não é segredo que sou católica. Não tenho medo de afirmar a minha fé, está que não é estável. Tenho as minhas dúvidas e inquietações, mas ainda bem que assim é. Se não fosse assim, não teria fé. Grandes amigos meus e momentos especiais que passei têm por base este caminho de fé. Não ficaria completa sem a minha Fé.

Gulosa: Gomas, gelado, bolo, cheesecake, venha qualquer um que eu não digo não! Gulosa desde que me lembro e assim serei.

Hoje: Cada vez mais aprendo a viver o hoje. O presente aqui e agora. De que me serve sofrer por antecipação pelo futuro? De que me serve viver amargurada pelos desgostos e arrependimentos do passado? O futuro não o posso controlar, só esperar. O passado fez de mim quem sou hoje e não me posso perder nele. Não é fácil pensar assim, mas o Hoje é aqui e agora. 

Imaginação: Sempre fui uma rapariga com muita imaginação e criatividade. Sempre a inventar, criar e imaginar. Por vezes com a cabeça na lua, mas sempre a ver algo a mais que os outros. Já me disseram que podia criar um livro de histórias para crianças, faria sentido e os meus mundos ganhavam asas. 

Jovial: alegre e animada, com um grande sorriso na cara. No fundo sou alegre e tento estar sempre com alegria e leveza, até quando a situação é a pior de todas. Também sou frágil, sim. Mas a jovialidade está lá.

Knownlage: Sempre em busca pelo conhecimento. Explorar, descobrir e aprender todos os dias. Não importa de onde o conhecimento surja, da cozinha, da escola ou da conversa com os outros. Ele está sempre lá.

Leoa: Nunca soube que animal me podia representar uma vez que gosto um pouco de tudo e me vejo em tudo. A verdade é que depois de um acontecimento que ocorreu com uma amiga minha percebi que sou uma leoa. Protejo aquilo que é meu, os meus e que estão à minha volta com unhas e dentes. Se for preciso corro este mundo e o outro.

Mundo (da lua): Aliado ao facto de ser uma Dory vem o facto de ser distraída. Ando sempre no meu mundo. A minha mente é a minha sala de teatro, o meu foguetão, a minha tela, a minha sala de aula. Por muito que pareça distraída e trapalhona por fora, por dentro sou um mar de pensamentos que chegam a atropelar-se uns aos outros.

Natação: Fui federada em natação durante 10 anos. A natação foi algo muito importante na minha vida e que me formou enquanto pessoa, amiga e profissional. A natação tem tanto de desporto de equipa como individual e com certeza ensinou-me a como ser eu própria e a trabalhar em equipa, respeitando o outro, superando limites e fraquezas.

Ouvir: Ouvir os que me rodeiam, os sons, o silêncio. Tudo isso é essencial. Por muito que diga que sou mais faladora que ouvinte, é o facto de ouvir que me permite ser faladora que sou.

Pipoca: Pipoca do snack que amo e o nome da minha gatinha que dorme comigo desde que me lembro. A velhinha que já não aguenta com os mais novos. No fundo os meus gatinhos.

Qualquer: Uma coisa qualquer serve. Sim posso ser complicada a tomar decisões e por vezes até ser um pouco esquisita. Mas por mim qualquer coisa serve, vejo os dois lados da moeda e muitas vezes fico no limiar dos lados, o "qualquer".

Resiliência: Quando tudo parece perdido sou a primeira a entrar em stress, porém, em contrapartida, sou também a primeira a levantar a cabeça e lutar até ao fim. Luto e trabalho pelos meus objetivos. Sou resiliente nas minhas amizades, nas minhas paixões, nos meus trabalhos e, em certos momentos, conseguem ver a força e a resiliência no meu olhar. Analiso a vida como uma montanha russa, com os seus altos e baixos, eles que fazem parte e são importantes. Com isto, digo que também sou fraca e é essa fraqueza que me ajuda a superar obstáculos.

Sorriso: Algo que me define. Um gesto de bondade, empatia, alegria, amizade e fraternidade. Com um sorriso dizemos muito e é através do mesmo que me consigo exprimir. Gabriela, a do sorriso colgate e pepsodente. Sorriso que me define e que está sempre na cara mesmo quando tudo parece que vai desmoronar. É através do sorriso que abro os olhos ao mundo.

Trabalho: Não tenho medo de trabalhar, pôr as mão na massa e atirar-me para a frente. Só com desafios que achava que não ia cumprir é que consegui crescer e aprender, e isso surgiu graças ao meu trabalho. Seja lá o que isso for.

Urgente: Se alguma coisa tem de se feita eu tenho de fazer, mesmo que o urgente seja descansar e dormir uma sesta. Porém se estou, por exemplo, a estudar e me dá uma vontade enorme de pintar, tenho de ir urgentemente para satisfazer a minha veia criativa e conseguir ser mais produtiva nas outras atividades que estou a fazer. Sim, muitas vezes tenho de resistir a esta vontade de "urgência".

Viagem: Explorar o mundo é o meu sonho e aos poucos começo a atingir esse objetivo. Viagem que representa as viagens de mala às costas, as viagens no mundo dos livros ou a viagem do dia a dia.

Watercolor: É através da pequena arte, dos pequenos desenhos que faço, que me tenho vindo a descobrir. É através das aguarelas, em grande parte, que deixo a minha mente fluir, que me permito ser criativa e que muitas vezes organizo ideias. É depois de fazer um desenho ou pintar algo que tomo uma decisão importante. Não me considero uma artista, mas nada mais grita Gabriela do que aguarelas. 

Xaile: A minha vertente de velhinha. Xaile que representa todos os meus cachecóis e mantinhas que me acompanham durante o inverno. Onde quer que vá estou enrolada num e nada mais me representa do que isso.

Yes: É verdade que com a minha religião aprendemos muito sobre o Sim, mas para mim, para além disso, o Sim define-me por todos os pequenos desafios que aceitei, pelos Sins de cada dia e a entrega as coisas.

Zelar: Pelos outros e por aquilo que me rodeia. Palavra que descreve muito do que escrevi anteiormente.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

2022 | Fevereiro a Julho

Passaram cerca e 6 meses desde a última vez que escrevi esta rubrica e no blog. Talvez não seja consistente, talvez perca a motivação, mas a verdade é que tenho feito estas pausas longas. Não que eu não tenha ideias. Quantas vezes penso “ah, podia escrever sobre isto no blog”, porém os dias passam, os dias atarefados não parecem acabar e tudo fica para trás. Contudo, hoje estou aqui e vamos fazer um pequeno recap de tudo o que aconteceram nestes 6 meses.

Foram meses ricos, cheio de aventuras, alegria, amor, descobertas, encerramentos de capítulos, chás, viagens de carro...apresentarei aqui as coisas, quase que aleatória mas carregadas de emoção.

Desenvolvi um projeto de estudo sobre o Porto de Setúbal, em grupo, que passou com grande distinção Por duas vezes fui pedida como madrinha – pela minha Joana na faculdade, e pelo meu primo Daniel, como batismo. Tive o meu traçar de capa e queima das fitas - momentos que vieram tarde, mas que nunca vou esquecer. Escrevi fitas e recebi fitas. Viajei dentro e fora do pais- Óbidos, Algarve, Coimbra, terrinha dos avós e Viena. Fui a dois concertos – aos Now United para acompanhar a prima Soraia e aos amados Quatro e Meia com o André. Fechei um capítulo nos Convívios Fraternos e aceitei um desafio ainda maior. Ajudei amigos a todos os níveis. Tive covid e uma gastroenterite. Comi brunch pela primeira vez. “Casei” dois grandes amigos. Fui a Alvalade ver o Sporting. Vi amigos a ficarem licenciados. Comecei a estagiar numa empresa conhecida e estou a gostar muito. Depois de um desafio que por muitas vezes me fez duvidar de mim, completei um onde mostrei o meu potencial. Sai à noite com amigos. Completei o meu desafio de leitura para o ano inteiro lendo 21 livros de 16 previstos.

Claro que não foi tudo um mar de rosas, ou não existiria uma distância tão grande entre a ultima publicação e esta, porém os momentos bons prevaleceram e é isso que quero levar para a minha vida.

Que venham os próximos meses de 2022!🌟

Biblioteca Nacional Austríaca - Viena

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Missão País IPS | Em 2022 Aconteceu

Assim como o ano passado, em 2022 voltei a participar na Missão País da minha faculdade, o IPS, como chefe. Como expliquei o ano passado aqui, a Missão País é um projeto para universitários católicos que tem como objetivo que estes vivam a fé católica em missão, partilhando e dando aos outros mais do que aquilo que esperavam receber. Este ano, e após as várias restrições e limitações que a pandemia no impões, finalmente voltamos a ter a missão presencial. Aconteceu em Riachos, uma vila perto de Torres Novas, muito amorosa e cheia de histórias e lendas. E que bom que foi esta missão, que bom que ainda é!

Este ano fui chefe de oração e não chefe geral, mas estar numa equipa as vezes exige que não existam papeis e que façamos de tudo um pouco, e foi isso que eu fiz, fui uma Manny Maozinhas pronta a fazer tudo o que era necessário da minha parte, tudo o que era chamada a fazer. Preparar uma missão presencial é totalmente diferente de preparar uma online (como aconteceu o ano passado), de modo que muitas foram as montanhas que tivemos de subir e ultrapassar, mas ainda bem que elas existiram! Sem estas montanhas e estas dificuldades nada faria sentido, nada seria como foi e não tínhamos crescido como crescemos. Claro que não existiram só montanhas, foi um caminho bonito e como tinha de ser, com escolhas, alegrias e tristezas.

E que bom que foi esta semana! Que bom que foi! Não paro de repetir esta frase porque foi mesmo muito bom! Fomos recebidos pela comunidade como nunca esperamos ser, recebemos donativos que nunca esperamos ter, tivemos inúmeros sorrisos, histórias, abraços, conversas, partilhas... uma abertura e recessão enorme que não se explica, só se sente. Estiveram connosco desde o primeiro dia e compreenderam e apoiaram mesmo quando no fim correu mal - fomos apanhados pelo covid no ultimo dia de missão, mesmo após todos os cuidados e inúmeros testes. A esta comunidade fantástica tenho de deixar o meu obrigada, o meu agradecimento mais sincero.

Aos chefes que me acompanharam, a amizade que cresceu no meio de montanhas e alegrias, foi fantástico o que conseguimos fazer no fim do dia. É ainda mais fantástico as ligações que criamos e desenvolvemos e as histórias que ficaram. Enquanto chefes crescemos a nível pessoal e em grupo e isso foi visível a léguas. Obrigada pelo apoio e espero que saibam que estou aqui para vocês. A vocês, obrigada pela aventura. Ah, já me esquecia, para quando uma repetição do pré-missão?

Aos missionários que com um sorriso na cara nos ajudavam com as suas palavras, risos e conversas. Que me ajudaram e incentivaram. Não desistiram da missão mesmo quando tudo parecia perdido e mesmo quando haviam imensas montanhas. A vocês que foram a alegria, a alma da festa, os que refletiram comigo, os que fizeram uma caminhada tão bonita desde o primeiro dia. A vocês agradeço tudo e nada, agradeço as histórias, as amizades, as danças, o choro...no fundo obrigada por tudo e por terem vindo encher o depósito comigo, com a comunidade e com os que estavam comigo.

Fazer missão não se explica, saímos de depósito cheio e prontos a mudar ou mover o mundo. A sensação de camaradagem, alegria, de estar grato, de sorrir como o Cristo do Sorriso, de carregar as Mães Peregrinas ao colo e a cruz ao peito, as amizades criadas, a sensação de caminho percorrido...são sensações que não se explicam e que sabemos que não vão durar apenas esta semana, pois ficam para sempre na nossa memória e coração de tão fortes que são. Sim, a ressaca pós missão é real, e que bom que é!

Podia escrever tanto neste texto, mas TANTO que nem têm a noção. Podia falar das flores, dos amigos secretos, dos dates, das danças, das músicas, dos choros, das aventuras de carro, das fotografias, da comida e da cozinha, das amizades desenvolvidas, das dinâmicas, das reuniões noturnas dos risos e dos boatos, porém não saiamos daqui nem amanhã de tantas que são as histórias para contar - tantas que até podia escrever um livro.

Missão País 2022, obrigada por tudo, mas tudo mesmo, foste o que eu precisava sem o saber.



segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

2022 | Janeiro

O primeiro mês do ano foi repleto de emoções fortes, muito estudo, gestão de tempo e leitura. Como sempre comecei o mês e o ano na casa dos meus avós, rodeada de toda a família e a comer as sobras das festividades passadas. De volta à realidade, janeiro foi época de testes, apresentações e entregas de trabalhos. Sei que devido ao cansaço psicológico que senti, este semestre não foi o melhor de todos, mas sei que isso não importa. Sim fico triste porque sei que poderia ter dado mais, mas uma nota reflete aquilo que eu sei ou sou como pessoa? Acho que não e é isso que tenho de pensar.

Este mês foi repleto de conversas profundas, abraços apertados, marcações de datas importantes na agenda - 2022 por favor colabora -, prendas surpresa, reencontros familiares, amizades fortalecidas, muito estudo acompanhado por gomas e leituras, uma vez que li quase metade dos livros no ano passado, estou motivada para ler este ano. Recebi ainda a 3ª dose da vacina contra o Covid - que me atacou forte e feio - e tive a confirmação por parte de uma empresa...já tenho estágio curricular e estou tão feliz como assustada. 

Janeiro foi um mês com muita emoções, pontos altos e baixos e momentos onde me senti perdida. Foi uma verdadeira montanha russa como costumo dizer, mas não podia estar mais feliz de como terminou. Fevereiro vem ai e sei que vai ser repleto de aventuras. Fevereiro, I'm waiting for you.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Livros | No Final, Morrem os Dois

O que farias se soubesses que tinhas apenas mais um dia para viver? Alguma vez pensaste com seriam os nossos dias se soubéssemos que íamos receder uma chamada no dia em que fossemos morrer? Bem, Adam Silvera, autor de No Final, Morrem os Dois, sim e neste seu livro criou a previsão de morte que informa as pessoas, através de uma chamada telefónica, que dentro das 24h seguintes irão morrer, não sabem como, nem quando, mas que irão morrer.

Rufus e Mateo foram uns dos "sortudos" a receber uma destas chamadas e acompanhamos os seus últimos passos, o último dia de cada um e como as suas vidas acabaram por se juntar. Rufus, um pequeno e terrível aventureiro. Mateo, tímido e que passa os seus dias fechado no seu quarto. Ambos vivem um dia como nunca haviam vivido, enterram demônios e fazem os seus próprios funerais - uma vez que sabendo que vão morrem podem se despedir propriamente daqueles que mais gostam e vice versa. Amei ver o crescimento das personagens, perceber o poder que um simples desconhecido pode ter na nossa vida, mesmo por um só dia, e refletir ao longo da aceitação e crescimento das personagens. Gostei tanto que não foi por nada que o classifiquei com 4,5 estrelas no meu perfil do goodreads.

Este livro deixa-nos a pensar sobre a nossa própria vida. O que andamos a fazer com ela, como queremos viver e aproveitar os nossos dias. Quantas vezes me vi naquele pequeno muito inventado e a imaginar como seria viver sabendo que a qualquer momento podia receber uma chamada que mudaria tudo...No Final, Morrem os Dois foi o meu primeiro livro do ano e o meu primeiro livro lido no meu mais recente Kobo e não podia estar mais satisfeita com a sua leitura.

Citações favoritas (de muitas):

"Desperdicei todos os ontens da minha vida e agora já não me restam amanhãs."

"Adeus é a «impossibilidade mais possível» porque nunca queremos dizê-lo, mas seríamos estúpidos se não o disséssemos quando surge uma oportunidade."

"Um sonho não poderia nunca captar toda a intensidade deste momento."

"Talvez seja melhor encontrarmo-nos na altura certa e vivermos felizes durante um dia (...)"

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

2021 | 10 Fotografias

Assim como em 2020, não podia iniciar o ano de 2022 sem fazer a seleção de algumas fotografias. 2021 foi o ano marcado com poucas saídas e momentos que me permitissem explorar a minha pequena - muito pequena - veia fotográfica de modo que hoje apresento algumas fotografias que, para além de as achar bonitas, representam momentos especiais e importantes do ano transitado. As fotografias não estão organizadas com nenhuma ordem em especifico. Espero que gostem!

1. Pico Ruivo


sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

2021 | Crescimento e Mudança

Crescimento e mudança são as palavras que definem o meu ano de 2021. Não vou mentir, 2021 não foi um ano fácil, fui colocada à prova e nunca me senti crescer tanto e evoluir como aconteceu este ano. Olho para fotografias de janeiro deste ano e penso "Fogo, não me reconheço" - e não é só pelo cabelo mais curto. Sabem quando tem aquela sensação de que algo está diferente, mas que foi para melhor? Bem, é o que eu sinto.

Sinto que agora sou eu, a Gabriela confiante que é luz, como a Leonor e outros dizem, a Gabriela que não tem medo de mostrar quem é e que é confiante e decisiva, como diz a Cláudia, a Gabriela que é Gabi e brilha como a Lili diz. Aprendi a olhar para cima e a endireitar os ombros. A perceber que nem todas as pessoas fazem sentido na minha vida, e que está tudo bem com isso. Aprendi a não ter medo de dizer o que penso, e como o dizer. Descobri que sou uma leoa - após anos sem saber que animal me podia representar - porque protejo aquilo em que acredito e aqueles que me rodeiam com unhas e dentes, sou a energia em pessoa e não tenho medo de dar a cara se for para "lutar".

Sei que estou ainda a percorrer uma parte do meu caminho e que tenho muitas aventuras e desafios pela frente, mas também sei que a "Mini Eu", que vêm na fotografia, estaria orgulhosa daquilo que me tornei e que ainda vou tornar.

2021 foi um ano marcado por angústias e medos, mas também por alegrias e novidades, como uma viagens à madeira e o nascimento do pequeno Daniel. Sei que 2022 também não será fácil e que terei um ano de decisões, fechos de ciclos e abertura de outros pela frente. 2022 será o ano onde irei mudar e crescer ainda mais, sinto isso.

2022 sê apenas bom.



terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Boa Mesa | La Picanha

Este ano na faculdade para companhar a tradicional troca de prendas decidimos realizar um Almoço de Natal  e o restaurante escolhido foi o La Picanha, em Setúbal.

Assim como o nome indica este restaurante é especializado em picanha e  todos pedimos um rodízio de picanha, acompanhado de batata frita, arroz, tapioca, feijão e salada de tomate e pepino podemos comer até o corpo querer. A picanha é fina e saborosa deixando-nos com água na boca e, como disse uma das minhas amigas, com vontade de levar um tupperware e trazer para casa tudo o que seja possível. Comida de qualidade, staff simpático e prestável, ambiente calmo e acolhedor com um toque moderno. 

Se vierem à terra do choco frito e quiserem algo diferente e saboroso, venham a este restaurante e deixem-se cativar pelo espaço, pelas pessoas e claro, pela comida. Da minha parte vou já marcar na agenda a próxima data para lá voltar.

 

Fonte: La Picanha Setúbal

domingo, 5 de dezembro de 2021

Just G | A Playlist do Spotify

 Por mais estranho que pareça, músicas que podem ser consideradas tristes motivam-me. Uns dizem que é por ser capricórnio, outros por eu ser masoquista. A verdade é que sinto que estas músicas vão ao fundo dos sentimentos, representam o mais puro sentimento do escritor. Sim, a alegria e o amor também são puros e fantásticos, mas sinto que a dor, infelizmente, nos marca mais. A dor permite-nos ir ao íntimo do nosso ser, sentir tudo ou não sentir nada de todo. Todo o caminho que fazemos para "sarar as feridas", a meu ver, é bonito, é como fazermos uma viagem de carro onde o caminho são diversas montanhas... quanta beleza não vemos ao longo de todo o percurso?

E está ai o porque deste tipo de músicas me motivarem, ficou com vontade de escalar montanhas, dar tudo de mim. Permito-me sentir e ser tocada pelas palavras do cantor e, quem sabe, em certos momentos identificar-me com aquilo que está a ser dito. Este tipo de músicas motivam-me e estimulam a minha criatividade! Podemos até dizer que não são músicas tristes, são músicas carregadas de sentimento.

Deste modo criei uma playlist com este tipo de músicas, músicas carregadas de sentimento e significado. Não estão organizadas por ordem específica, podem até ouvir em modo shuffle, permitam-se apenas sentir

Espero que gostem! Digam-me o que acharam.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

2021 | Julho...Novembro

Desde a última publicação que fiz aqui no blog o tempo passou a correr e precisei de fazer uma pausa. Foram meses que mais pareceram uma montanha russa de emoções e tive de recuperar a minha saúde mental. Como todas as montanhas tive altos e baixos nestes meses mas gosto sempre de relembrar os mais altos e aprender e seguir em frente com os mais baixos.

Vi o meu primo a nascer, o querido e doce Daniel. Fiz 3 anos de namoro. Fui de viagem com a família. Acabei o segundo ano da faculdade. Acampei pela primeira vez. Passei muito tempo em casa dos meus avós, como não acontecia à muito. Cuidei de mim. Recomecei projetos e voltaram as reuniões e encontros presenciais. Disse adeus à Leonor que abriu asas e foi de Erasmus. Fui à feira do livro e "perdi a cabeça". Comecei um novo semestre - acreditam que sou finalista?. Dei novas cores e rumos à minha loja. Voltei a cortar o cabelo pelos ombros e fiz uma "pseudo" franja. Fui voluntária na Web Summit e participei num Congresso da minha área.

Foram meses bastante recheados e foi necessário afastar-me do blog, sinto que sou outra e estou pronta para novas aventuras. Não sei o quão regular serei aqui no Andorinha, mas é um cantinho que gosto muito de modo que irei escrever tudo aquilo que me for no coração.



quarta-feira, 30 de junho de 2021

2021 | Maio e Junho

 Maio e junho foram dois meses que passaram num ápice por serem tão recheados de tanta coisa boa e por tanto trabalho. Em maio vi a Amora passar de gatinha bebé a gatinha criança adolescente - sim até nos animais conseguimos identificar estas fases! - ela uma gata que por vez mais parece um pequeno diabinho. Em maio voltei a cortar o cabelo, fui madrinha de crisma, vi mar e cai em plena Praça São João Batista em Almada, algo que deixou o André a morrer de vergonha enquanto eu só me ria no chão.

Junho esteve recheado de trabalhos de grupo, testes e semanas que nem sei como superei. Tirei um peso da alma e do coração e tive momentos bastante baixos em termos psicológicos, posso dizer que só os superei graças a quem está a meu lado e me deu a mão. No fim foi um mês feliz, celebrei os 21 anos do André com um jantar familiar e o primeiro mergulho na piscina, celebrei ainda a gravidez da minha tia Rosa - vou ter um priminho! - um casamento que já devia ter acontecido o ano passado e a 1ª comunhão dos meus meninos da catequese.

O momento mais especial destes dois meses foi a minha primeira vez trajada. Devido à pandemia e a faculdade só agora tive autorização para trajar e que orgulho senti. Não vos consigo descrever o quão feliz e orgulhosa fiquei de me ver vestida com o traje negro e envergar a capa no braço esquerdo. Já prometi a mim mesma que para o ano vou usar e abusar desta indumentária tão importante e com tanto significado, o ano em que serei finalista e terminarei este ciclo tão especial da minha vida - mesmo que passado a meio de uma pandemia.

Espero uns meses de julho e agosto calmos e cheios de aventura, conforme o covid deixar.



sexta-feira, 7 de maio de 2021

Livros | Segredo Mortal

Sobre este livro poderei ser suspeita uma vez que conheço o autor desde que tinha uns 12 anos. Segredo Mortal é o primeiro livro de Bruno M Franco - 1º livro oficial pois ele já tinha escrito outros! - carregado de emoção que desperta em nós uma ansiedade que nos dá vontade de terminar o livro o mais rápido possível.

O mais surpreendente de Segredo Mortal é que a maior parte das cenas se passam em Lisboa e na Margem Sul sendo fácil imaginar as cenas nos lugares tão bem conhecidos por nós, e tendo em conta que eu conheço alguns dos locais foi fácil, e ao mesmo tempo assustador, imaginar as cenas. Ao longo do livro acompanhamos a história de Leonardo e M&M (Marta), dois inspetores da PJ que têm em mãos o caso mais macabro que Portugal alguma vez viu que acusa para Carlos como o principal suspeito, mas este é inocente e tem de provar a sua inocência. No fim, o caso junta várias pontas soltas que surgiam ao longo do livro e que no fim fazem todo o sentido.

Ao longo da sua leitura, e após um pequeno trabalho de pesquisa realizado por nós, é possível perceber o quanto empenho, dedicação e pesquisa o Bruno dedicou a este livro. Acreditem em mim, em parte o Segredo Mortal é real - uma daquelas partes que exigiu muita pesquisa do autor! Totalmente assustador e entusiasmante perante as capacidades do ser humano.

Já falei com o Bruno e dei-lhe a minha mais sincera opinião dizendo o quanto gostei do livro e que faz parte de um dos meus policiais/triller favorito. Aguardo ansiosamente pela próxima história de Leonardo e M&M. 

Parabéns Bruninho!

Uma das Citações Favoritas:

"Até o mais insignificante peão pode tornar-se na peça mais valiosa do tabuleiro, se for determinado e corajoso."

 


 
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